Por que diabis João e Maria (música de Chico Buarque) não sai da minha humilde mente. Não sei o que houve com o meu cérebro, consciente, inconsciente, superego (e essas coisas todas da psicanálise) que grudou a tal da letra. E não sai fácil não.
Lá no meu interior iriam dizer: 'esse aí nem água quente desgruda'.
Esta letra tem umas frases bem inigmáticas. Uma vez eu li que esta música pertencia ao lago imaginário de Chico. Imaginação porra nenhuma. Ela diz, em alto e bom som, o que todos nós queremos.
Não é porque ela lida com bedel, cavalo que falava inglês, caubói, princesa e juiz que não trate de coisas tão simples e comuns a pessoas reais:
- Me dê a mão: queremos segurança
- A gente agora já não tinha medo: é pura superação
- No tempo da maldade a gente ainda não tinha nascido: a tendência nossa é de querermos coisas boas
- E pela minha lei a gente é obrigado a ser feliz: quam não persegue isto todos os dias?
Depois dessas humildes respostas, acho que entendi porque ela não saí da minha cebeça. Eu quero tudo que está nela.
Dona Lívia, Milton deve estar com ciúme de Chico.
Fique não. Tem uma frase de Milton que é tampa e ninguém ainda fez igual:
"Já não sonho
Hoje faço
Com o meu braço
O meu viver".
Vou ouvir travessia.
Tão simples quanto um João ou uma Maria, é a certeza de uma obra prima, quando se unem um Chico Buarque e um Sivuca.
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