segunda-feira, 27 de abril de 2009

A Veja e seus pré-julgamentos

Como jornalista, tenho por obrigação ler a Veja - apesar de não concordar com seus critérios editoriais, abordagem de matéria e com a eterna campanha pró neoliberalismo (leia-se DEM e PSDB).

E por que obrigação? Quem quer criticar tem que conhecer antes, pelo menos é o que eu acho. A edição desta quarta-feira (29) - já nas bancas desde sábado - traz uma matéria para lá de tendenciosa e que coloca o ministro Joaquim Barbosa (aquele que nos deixou orgulhosos)como o incentivador da discussão que fervilhou no Supremo Tribunal Federal na semana passada.

A matéria - intulada 'O dia de índio de Joaquim Barbosa' (também achei preconceituoso) - mostra o 'destempero' de Barbosa e leva o leitor menos informado a achar que ele foi o culpado por todo o tumulto. Vá lá que naquele dia ele estivesse de mal humor, mas até onde eu sei ele questionou os seus pares por mais informações sobre o caso que estavam julgando, quando foi lembrado por Gilmar Mendes que estava ausente. Detalhe: Joaquim estava de licença médica.

Me questionei da seguinte forma: para votar ele precisava de mais informações, tal como um editor precisa de mais alguns detalhes para decidir qual será a sua manchete. Era tão difícil para Gilmar prestá-las? Ou seria 'demais' um presidente fazer isto?

Bom, cada um com os seus critérios de postura, mas em relação à Veja o texto (bem escrito, sempre) faz julgamentos antecipados, descontrói a imagem de Barbosa e coloca Gilmar muito bem na fita - como vítima.

Mais na frente, ele traça um paralelo entre as biografias dos ministros, mostrando que eles tiveram muito em comum. Só que a revista esqueceu a principal diferença entre os dois: eles vem de meios e cenários completamente diferentes. Têm histórias de vida distintas e, quanto a Barbosa, a história dele tem muito mais com Brasil, já que não é todo filho de pedreiro que chega a ministro do STF, mas com esforço e dedicação, se consegue.

Além do mais, a Veja deixou de lado o fato de que Barbosa foi o responsável por decisões que, na minha humilde avaliação, acenderam a luz de que ainda é possível apostar na Justiça dos homens (porque eu confio na de Deus).

Para nós, paraibanos, foi ele quem conseguiu colocar em pauta um processo de julgamento que já estava perto de prescrever (crime contra a vida: limite - 20 anos) e que envolvia um ex-governador. A história política do Estado tb mudou com uma postura de Joaquim Barbosa.

O máximo que o texto faz é gerar uma expectativa sobre qual será a conduta de Joaquim Barbosa ao julgar o caso do Mensalão. É claro que a revista Veja não fez isto de graça, pois parágrafos acima ela fez questão de lembrar que Barbosa foi nomeado ministro por Lula, que é petista, e associou assim aos petistas que serão julgados por Joaquim Barbosa.

O que a Veja quis com isto? Respondo: Levantar a seguinte questão no imaginário: Será que, sendo nomeado pelo presidente da república, Joaquim terá o mesmo rigor para julgar os colegas petistas de Lula?

Só que a Veja quer mais ver o circo (o plenário, me desculpem) pegar fogo e torce para que Barbosa inocente os envolvidos no mensalão.

Vamos esperar. Mas eu duvido que isto aconteça.

sábado, 25 de abril de 2009

"Você é uma barbie equilibrada e resistente"

Porque para aguentar as seções de drenagem linfática você precisa ter um pouco mais do que boa vontade e tempo!

Sim, gente! Não pense que estamos lidando com 'carinhos'. É força mesmo. Quase uma sessão de tortura, com direito a correntes elétricas para tonificar e combater a celulite. Quinze minutos com aqueles eletrodos todos contraindo os meus músculos!!

E a fisioterapeuta diz: "Respire, canalize o seu pensamento para a respiração. Você é uma barbie equilibrada e resistente".

Enquanto isso eu sentia as minhas gordurinhas queimando.

Só que eu tou vendo resultado. Bom, me sentido beeeeeeeeeeem melhor eu estou. Faço todas as coisinhas recomendadas pela fisioterapeuta. Agora, tenho que procurar um nutricionista e voltar a malhar (esta é a pior parte!)

terça-feira, 21 de abril de 2009

Leitura nova em minhas mãos!

Comecei a ler 'A cabeça do eleitor', adquirido hoje, em pleno feriado, com o intuito único de preparar o meu espírito para a luta que se aproxima.

Depois colocarei a resenha!

Ah, ando ouvindo muito Chico Buarque. Acho que fui contaminada pelo vírus de Breno. Eu só conhecia o lado político dele, agora estou me aprofundando na sua capacidade de letrista do cotidiano. A experiência está sendo legal.

Fazia tempo que eu não chorava ouvindo uma música e isto voltou a acontecer hoje, com Chico!

Mas, aviso: o primeiro lugar absoluto na minha lista de desejos musical é de Milton e ninguém tasca!

Para mulheres altas, magras e sem peito

O cúmulo do feriado no meio da semana é ir para onde? Pro shopping! Ou seja: para onde toda João Pessoa vai!

Se não fosse pela companhia de Sheylla, eu teria ficado em casa, morgando. E se nós duas não fizéssemos questão de aproveitar o tempo em que estamos juntas, teria sido uma tristeza.

Depois da parada para o café básico (com chocolate e chantily!)e de colocar todas as fofocas em dia, hora de ir ... 'olhar as modas'. Sim, expressão típica de Sheylla para aquela fiscalizada na vitrine sem nenhuma pretensão de gastar, já que olhar não tira pedaço e muito menos influencia no bolso!

Bom, a cada modelo que chamou a atenção também veio a decepção!
Diálogo em frente a uma loja cara:
- Lívia, esse vestido é lindo, mas é para mulheres altas, magras e sem peito.
- Sheylla, definitivamente não é o nosso caso

Mais um diálogo em loja de departamento:
-Sheylla, que vestido lindo. Tá super colorido.
-É Lívia, mas só fica bom em mulheres altas, magras e sem peito. Ou seja: não dá para nós duas!

Outra loja de departamento:
- Adorei esta calça e está no precinho!
- É Sheylla, mas esse modelo aí é para pessoas sem barriga, sem peito e sem bunda.
- POr que não fazem roupas para pessoas normais, como nós?

É por isso que eu sofro tanto para achar algo que preste em mim!

domingo, 19 de abril de 2009

Não tenho vergonha de rezar

Sou católica, praticante e daquele time que não concorda com algumas posturas da Igreja. Para mim, o fato de eu poder questionar é o que me faz me sentir mais confortável em relação à religião, pois não irei ser excluída pelo simples fato de pensar diferente.

Digo isto porque muitas coisas que hoje são criticadas pela doutrina eu costumo defender por uma única e exclusiva motivação: respeito ao que é diferente.

Só que o meu pensamento um pouco avançado (talvez nem tanto, mas... vá entender) não me impede de rezar ou de estar em plena conexão com Deus.

Não tenho vergonha de rezar. Nem um pouco. Não se assuste se vc me pegar fazendo o ‘sinal da cruz’ ou dizendo ‘Jesus, tende piedade de mim’. Peço a Deus sabedoria o dia inteiro, independente da situação. Acordo e rezo. Ultimamente, só durmo depois que rezar.

Sabe o que eu descobri: rezar só faz bem.

Agora, peço a Deus que me dê apenas força.

Saudades de alguns textos I

O meu lado 'crítica cultural' nunca foi muito aguçado e nem muito bem explorado. Acredito que gosto é algo muito particular (para não usar uma frase bem normal lá no meu interior...) e, além disso, quem sou eu para detonar ou elevar o trabalho alheio. Se é ruim, eu prefiro dizer para mim e pronto.

Só que em 2005, escrevi um texto sobre Black, música do Pearl Jam e a minha preferida. Este texto estava no meu blog antigo, que eu perdi a senha e, por isso, foi detonado. Deu saudades dele porque eu escrevi algo que eu realmente entendia: desta música e de todos os significados que ela tem para mim.

O texto foi publicado no meu antigo blog, que eu perdi a senha e não posso mais fazer nada por ele. Só que, por sorte, eu ainda consegui achar o texto pesquisando no Google (Bendito seja!). Bom, aí vai um dos meus orgulhos!

Thursday, November 24, 2005

Os sentidos de Black


Não adianta negar que Black (Pearl Jam, Ten, 1991) é uma música para lá de batida. Batida porque tocou (e toca) demais, porque caiu no gosto de praticamente todo mundo e principalmente porque quando se pensa em Pearl Jam se lembra de Black.

Mas existe algo capaz de destruir a aura de música feita para qualquer pessoa ouvir. O próprio Eddie Vedder, líder e vocalista da banda, já chegou a admitir que Black era a música mais forte e mais cheia de significado que o Pearl Jam já havia produzido.

A música foi composta por Stone Gossard e Jeff Ament, respectivamente guitarrista base e baixista do PJ. Ed não pensava ainda em ser o vocal o PJ quando ela foi composta. Stone e Jeff criaram a melodia, gravaram em uma fita cassete e entregaram para Vedder, que escreveu a letra em cima de todo a expressividade das bases da guitarra e do baixo. O resultado: o Pearl Jam estava formado.

Black foi escolhida para ser a faixa cinco do CD Ten, o primeiro do PJ. Ela seria uma espécie de balada para acalmar o disco, depois de tantas guitarras em Once, Even Flow, Alive e Why Go. A verdade é que Black é praticamente um hino oficial, que já experimentou muitas versões.

Gravada em estúdio, Black em “Ten”, apesar de ser a balada, é forte, intensa e muito introspectiva. Eddie se sobressai.

No acústico gravado em 1992 pela MTV americana, todas as guitarras foram substituídas por dois violões. Stone e Mike não deixam que ao clima acústico diminua a pegada intensa de Black. A música começa lenta, tranqüila, mas parece que encontra o seu lugar. É nesta versão que se percebe como o vocal de Ed e os instrumentos estão perfeitamente casados. Vedder acompanha a intensidade das notas e das passagens da música. E celebra o grande final como “we belong together”.

A versão gravada em show em Londres, em maio de 2000, é completamente triste. Dá para perceber o solo da guitarra menos intenso e até mesmo mais discreto. Em alguns momentos, parece que perdeu a força e se torna uma melodia simplesmente triste. A música toda é menos intensa.

No show gravado no Japão em setembro de 2003, o PJ surpreendeu todos os seus fãs ao tocar Black. Enquanto todos esperavam mais um solo magistral de Mike e bases firmes de Stone, a música ganhou de presente um piano, tocado por Paul Gessinger. Há quem diga que esta deveria ser a versão oficial da música, que teria, finalmente, encontrado sua identidade.

O piano de Gessinger está presente em toda a música. Não há um momento especial para ele. Nada disso. Todos os instrumentos estão em perfeita harmonia. Eddie diminuiu o vocal. Está mais suave e lembra até um acalento. O detalhe: o final da música é marcado por uma verdadeira conversa entre piano e guitarra.

Em 1996, em Barcelona, Eddie cativou o público quando criou mais uma estrofe para Black. Como não bastasse, deixou que Mike e Stone tocassem os solos mais bonitos feitos para Black. São dois minutos só de guitarras.

“ I don´t think
Think people don´t understand
Oh, they don´t understand
No one understand
We belong together”


No acústico gravado em 2003, cd que circulou com o nome de Live at Benaroya Hall, o PJ gravou sua versão de Black mais tranqüila. O detalhe, dessa vez, ficou para o público, que cantou o trecho mais cantado de Black

I know someday you'll have a beautiful life,

I know you'll be the star,
In somebody else's sky,
but why
Why, why can't it be,
oh can't it be mine...

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Parabéns, mãe!

Hoje é o aniversário da minha linda mamãe. Com ela, aprendi que devemos buscar a felicidade todos os dias, independente de qualquer coisa.

Os conselhos que ela me dá me rejuvenescem e me fazem crer mais na vida e nas pessoas. Hoje pela manhã, liguei para dar os parabéns e ela me gradeceu pelos presentes que eu havia mandado. Estava orgulhosa de mim só porque consegui acertar em cheio.

Mamãe é o meu porto seguro. A vida fica mais leve porque eu sei que ela existe e que posso ouvir sua voz sempre - basta um pequeno interurbano. A presença dela em mim não precisa de espaço físico.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

'Você é uma barbie"

Nunca tinha pisado num consultório de estética até hoje (quarta-feira, 15). No meu processo de incentivo à minha autoestima, lá fui eu em busca de um plano de tratamento com drenagem linfática.

Confesso que estou empolgadíssima, após a primeira sessão. A fisioterapeuta é muito boa e mostrou competência para lidar com as minhas gordurinhas localizadas. Além disso, ela conseguiu esticar o meu pescoço - coisa nunca antes imaginada por uma pessoa com hérnia de disco na coluna cervical (frutos de páginas e mais páginas editadas nas noites adentro!)

Me deu conselhos, me avaliou e disse em alto e bom som: 'a partir de hoje você é uma barbie. Na próxima sessão, vou te entregar os dez mandamentos da barbie".

Entrei em estado de choque. Tenho medo do que seja: uma lista de cuidados ou um verdadeiro incentivo à futilidade.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Na condição de avaliadora...

Decidir não é uma coisa fácil, principalmente quando a escolha vai repercutir em muita gente.

Ultimamente este é o meu verbo cotidiano. O meu pensamento avalia e decide o dia todo. E é preciso ser rápido. Não dá para demorar muito não.

Passagem

Sim, gente. Este é o sentido da Páscoa, apesar de todo apelo comercial e propagandístico em favor do chocolate!

Pela primeira vez, eu pensei nisto e vi que é necessário mudar. Isto não significia abandonar tudo o que você acreditou até agora (no meu caso, até os meus 28 anos de história!), mas em aprimorar o que existe em você.

Mudar não significa ceder ou se anular. Significa evoluir.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Nova e velha ortografia

Pirralho solto na casa de vó significa vontade de aprontar. Pois bem. Tinha esta vontade a cada 15 minutos.

Só que depois aprendi a ler, eu passei a futucar os livros da casa de vovó e não mais a destruir as plantinhas do jardim.

Me lembro bem: eu peguei um livro que tinha novo escrito nôvo. Aí eu pensei:
Que coisa mais antiga. Não tou afim de desamprender nada não.
Resultado: livro largado.

Hoje, lendo a biografia de David Nasser (Cobras Criadas, de Luiz Maklouf de Carvalho), vejo 'idéia' sem o lindo acento (Para mim, foi um choque -logo eu que me orgulhava de saber acentuar!).

A sensação de que uma fase passou e de muita coisa está mudando foi grande. Lembrei da cena do 'nôvo' imediatamente e fiquei impressionada como ela estava tão viva na minha memória. Na mesma hora o peso da idade falou mais alto.

O dia antes

Dia de viajar para Caicó é sempre uma luta. O dia começa muito cedo - pois nunca consigo uma passagem na Viação Guanabara antes das sete horas da manhã.

A de amanhã, por exemplo, está marcada para as sete horas cravadas. Já perdi duas viagens porque o meu despertador não cumpriu com a função dele: me acordar. Aliás, acordar, para mim, é algo dificílimo.

O que eu acho interessante é que o dia anterior à viagem é muito corrido. Sempre. Não venha me dizer que 'é porque você deixa tudo para a última hora' - eu não sofro deste mal. Sou organizadíssima.

Prefiro acreditar nas forças cósmicas, que trabalham sempre em comum acordo com a Lei de Murphy. Hoje o dia está um carrego só. São pedidos e mais pedidos, aprovações e desaprovações, conselhos e escutas.

Mas como precisamos ter algo de bom em cada dia da vida, fui almoçar com duas grandes amigas e ter o carinho delas. O abraço de Narjara e a companhia de Camila, vocês não têm noção disso, são coisas riquíssimas. Com esta duplinha eu tive grande parte dos melhores momentos da minha vida.

Hoje o dia vai ser longo e vai entrar pela noite no trabalho. Quando chegar em casa, ainda tenho q arrumar as malas. Vai sobrar pouco tempo para dormir.