domingo, 5 de julho de 2015

O primeiro a pedir desculpas é o mais corajoso

Venho aqui pedir desculpas.

Por não ser mais o que eu era antes. Por ter perdido o brilho dos olhos e alegria em alguns momentos.

Peço desculpas por não ter mais a compreensão de antes, pelo cansaço que tomou conta do meu ser e pela falta de paciência.

Peço desculpas pelo meu silêncio, por não ter mais tanta coisa pra conversar, por não ter mais assunto.

Peço desculpas por não ter tido forças suficientes para ser maior do que os problemas.

Peço desculpas.

Peço desculpas pelas vezes que pedi algo infinita vezes, mas não fui atendida.

Peço desculpas por sentir que sou a culpada por tudo. E em algumas vezes acredito que sou.

Peço desculpas por ter tentado ser legal, gentil e agradável. Mas isso não deu em nada positivo pra mim.

Peço desculpas por ter depositado tantas esperanças e por não ter respostas.

Peço desculpas por não ter mais os sonhos que tinha. Peço desculpas por não saber mais onde eles estão.

Só posso pedir desculpas porque não sou mais quem eu era.

Dia 18 vai chegar mas eu não sei como agir, ainda

Desde outubro de 2014 que não sou a mesma pessoa.

Uma confusão de sentimentos pesa sobre mim.

Este post era pra falar de como eu me sentia com a chegada do Dia 18, mas ele já passou e eu não queria ter passado por ele da forma que foi.

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Mais de quatro anos

Hoje o sono se foi quase por completo. Um feriado em casa, me recuperando de uma baita virose e algumas leituras que me deixaram pensativa ao extremo. Não consegui ir à missa como tanto queria e isso me deixou pra baixo.

Minha mente foi dominada pela frase "a vida é efêmera" e eu fiquei refletindo sobre minha vida, minhas angústias, conquistas, surpresas, mudanças bruscas, capacidade de se reinventar...

Bateu uma saudade imensa desse blog, onde eu registrei não a minha vida, mas as minhas emoções, Como boa pisciana, eu sou pura emoção - e por isso estou chorando enquanto escrevo...

São mais de quatro anos sem escrever nenhum sentimento aqui. Casei, tive minha filha, tentei voltar pro mercado de trabalho, dei a volta por cima enquanto profissional, me fiz dona de casa e...me decepcionei.

Ainda não sei medir o tamanho do estrago que esta decepção me causou. O único sentimento que ficou foi a dor. Uma dor que teve início em outubro do ano passado e, desde então, eu luto diariamente para ser maior que ela. Foi algo tão devastador que eu acredito que tenha comprometido minha capacidade de perdoar e de acreditar nas pessoas.

Enfim.

Mais uma vez estou em reconstrução. A diferença é que, agora, eu tenho dificuldades em manter o foco em mim. Hoje tenho o imenso prazer de concentrar minha vida, escolhas e atitudes em Alice, a filha linda que Deus me presenteou. Tenho certeza que é por ela que eu consigo não me deixar abater. E tenho certeza que serei capaz, mais uma vez, de me reerguer, pois eu não estou sozinha. Este é o meu grande trunfo, junto com a minha capacidade de me reinventar.