Só que em 2005, escrevi um texto sobre Black, música do Pearl Jam e a minha preferida. Este texto estava no meu blog antigo, que eu perdi a senha e, por isso, foi detonado. Deu saudades dele porque eu escrevi algo que eu realmente entendia: desta música e de todos os significados que ela tem para mim.
O texto foi publicado no meu antigo blog, que eu perdi a senha e não posso mais fazer nada por ele. Só que, por sorte, eu ainda consegui achar o texto pesquisando no Google (Bendito seja!). Bom, aí vai um dos meus orgulhos!
Thursday, November 24, 2005
Os sentidos de Black
Não adianta negar que Black (Pearl Jam, Ten, 1991) é uma música para lá de batida. Batida porque tocou (e toca) demais, porque caiu no gosto de praticamente todo mundo e principalmente porque quando se pensa em Pearl Jam se lembra de Black.
Mas existe algo capaz de destruir a aura de música feita para qualquer pessoa ouvir. O próprio Eddie Vedder, líder e vocalista da banda, já chegou a admitir que Black era a música mais forte e mais cheia de significado que o Pearl Jam já havia produzido.
A música foi composta por Stone Gossard e Jeff Ament, respectivamente guitarrista base e baixista do PJ. Ed não pensava ainda em ser o vocal o PJ quando ela foi composta. Stone e Jeff criaram a melodia, gravaram em uma fita cassete e entregaram para Vedder, que escreveu a letra em cima de todo a expressividade das bases da guitarra e do baixo. O resultado: o Pearl Jam estava formado.
Black foi escolhida para ser a faixa cinco do CD Ten, o primeiro do PJ. Ela seria uma espécie de balada para acalmar o disco, depois de tantas guitarras em Once, Even Flow, Alive e Why Go. A verdade é que Black é praticamente um hino oficial, que já experimentou muitas versões.
Gravada em estúdio, Black em “Ten”, apesar de ser a balada, é forte, intensa e muito introspectiva. Eddie se sobressai.
No acústico gravado em 1992 pela MTV americana, todas as guitarras foram substituídas por dois violões. Stone e Mike não deixam que ao clima acústico diminua a pegada intensa de Black. A música começa lenta, tranqüila, mas parece que encontra o seu lugar. É nesta versão que se percebe como o vocal de Ed e os instrumentos estão perfeitamente casados. Vedder acompanha a intensidade das notas e das passagens da música. E celebra o grande final como “we belong together”.
A versão gravada em show em Londres, em maio de 2000, é completamente triste. Dá para perceber o solo da guitarra menos intenso e até mesmo mais discreto. Em alguns momentos, parece que perdeu a força e se torna uma melodia simplesmente triste. A música toda é menos intensa.
No show gravado no Japão em setembro de 2003, o PJ surpreendeu todos os seus fãs ao tocar Black. Enquanto todos esperavam mais um solo magistral de Mike e bases firmes de Stone, a música ganhou de presente um piano, tocado por Paul Gessinger. Há quem diga que esta deveria ser a versão oficial da música, que teria, finalmente, encontrado sua identidade.
O piano de Gessinger está presente em toda a música. Não há um momento especial para ele. Nada disso. Todos os instrumentos estão em perfeita harmonia. Eddie diminuiu o vocal. Está mais suave e lembra até um acalento. O detalhe: o final da música é marcado por uma verdadeira conversa entre piano e guitarra.
Em 1996, em Barcelona, Eddie cativou o público quando criou mais uma estrofe para Black. Como não bastasse, deixou que Mike e Stone tocassem os solos mais bonitos feitos para Black. São dois minutos só de guitarras.
“ I don´t think
Think people don´t understand
Oh, they don´t understand
No one understand
We belong together”
No acústico gravado em 2003, cd que circulou com o nome de Live at Benaroya Hall, o PJ gravou sua versão de Black mais tranqüila. O detalhe, dessa vez, ficou para o público, que cantou o trecho mais cantado de Black
I know someday you'll have a beautiful life,
I know you'll be the star,
In somebody else's sky,
but why
Why, why can't it be,
oh can't it be mine...
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