quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Sometimes

A maturidade é uma coisa impressionante: você se sente mais seguro, aprende a dizer as coisas de uma forma correta (sem machucar, sem parecer imperativo ou chato - esse é o principal!), tem consicência das suas qualidades e das suas limitações e passa a refletir sobre algumas necessidades. Nesta última frase, eu quis dizer: passa a ter crises porque existe uma coisa chamada senso comum, que te impõe algumas regras a cumprir, mesmo que você não queira.

São essas regras que me fazem pensar, pensar, pensar... até chamar um palavrão e tudo se resolver interiormente.

Amo muito a minha independência. Quando me vejo superando alguns limites, revendo posturas ou fazendo qualquer coisa que eeu jurava que nunca conseguiria, eu me sinto realizada.

Essa sensação de liberdade, de seguir suas vontades, é algo que não tem Mega Sena que compre. Mas, algumas vezes essa própria independência exige um bocado de mim. Ah, como eu queria não ter que fazer supermercado! E como eu queria, durantes as minhas cólicas mensais, não ter que levantar da cama para fazer o meu próprio café da manhã, o meu próprio almoço e o meu próprio jantar - tenho a sorte de que a diarista nunca vem nos dias em que eu me encontro inchada, cheia de dores e enjoos.

E quantas vezes dirigir é algo trash? E olhe que eu dirijo muito bem! E aquelas noites em que você queria ouvir um boa noite e durma bem, mas o máximo de comunicação que consegue é o telefone celular indicando que a sua caixa de emails está lotada (e de besteiras!)?

Aí vêm todas essas vontades e a pergunta crucial: é isso mesmo? É a hora do verbo dividir? Ou ainda existem o desejos únicos e que só dependem de mimn e da força de Deus em me ajudar?

Passei da fase dos porquês. Desde que decidi viver um dia de cada vez, entendi que futuro, para mim, é algo que não existe. A ansiedade diminuiu. A vida ficou mais fácil.

Deixei de me preocupar com algumas exigências imperativas do senso comum. Ou melhor: aqueles mitos que criaram e que fazem da vida da mulher algo muito reducionista, tais como "se não casou até os 25, esqueça" ou "tem que engravidar até os 30" ou "tem sempre uma que fica encalhada na família" e a lista segue.

Não sou pior e nem me sinto diminuída porque não sou igual a todo mundo. Só quero que as vontades conflitantes se resolvam.

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